Um eixo rodoviário ligando o Norte ao Sul da Ilha, passando pelo Centro. Túneis, um deles sob o Morro da Cruz. Transporte marítimo, que ligaria terminais em Palhoça e Biguaçu a quatro pontos na região insular. Esta é a ideia do Plano Diretor para resolver um dos maiores problemas de Florianópolis: os congestionamentos.
A ideia é que o eixo rodoviário ainda tenha um metrô de superfície ou um sistema equivalente.
– O objetivo é priorizar o transporte coletivo – afirma Cristina Piazza, diretora de planejamento do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf).
O professor de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lino Peres, é um dos críticos do sistema. O maior problema, segundo ele, é que a mobilidade está concentrada na Ilha.
– Não há estudos pensando na região metropolitana, o que provoca grande fluxo de veículos na cidade. O plano também prevê obras isoladas como túneis para desafogar o trânsito em locais específicos. Ou seja, não estudou o tráfego de maneira sistêmica, de modo a acomodar o tráfego e distribuí-lo – avalia.
Outra novidade no plano são as chamadas “centralidades”. Ao longo do eixo rodoviário, estão previstos espaços que poderão ter centros comerciais e condomínios residenciais.
– Estes espaços também precisarão ter serviços de saúde, educação, cultura e lazer. O objetivo é que as pessoas não precisem ir até o Centro para trabalhar – completa Cristina.
O número destas centralidades e onde elas ficam não estão especificadas e dependerão de projetos e de interesse da iniciativa privada.