A partir do mês que vem, os brasileiros terão mais facilidade para passar de um plano de saúde para outro sem cumprir outro período de carência na nova operadora.
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) finalizou ontem as linhas gerais de uma nova norma, que precisará ser aprovada por um grupo técnico da agência.
A chamada portabilidade de carência, que só vale para plano individual, será estendida ao plano coletivo por adesão (contratado por entidades como sindicatos e associações e ao qual o cliente adere espontaneamente).
O número de pessoas aptas a trocar de plano sem cumprir carência subirá de 7,4 milhões para 12,7 milhões. No país, 42,8 milhões de pessoas têm algum plano.
Outra mudança será o período em que a troca de operadora poderá ser pedida. Em vez de dois meses por ano, como é hoje, serão quatro.
As mudanças não valerão para plano coletivo empresarial nem para contrato antigo (anterior a 1999).
A ANS quer expandir as regras porque desde que a portabilidade de carência foi criada, em abril do ano passado, somente 1.290 pessoas trocaram de operadora.
A portabilidade evita que o cliente seja “refém” de sua operadora. Hoje muitas pessoas não trocam de plano por causa da carência -após a mudança, é preciso esperar um certo período para terem direito a consulta e cirurgia.
A troca deve ser entre planos com preços parecidos.