Carta aberta da Apufsc: a resposta de Rodrigo Lima

Conforme noticiado no Boletim da Apufsc nº 728 (clique aqui), o site do Sindicato divulga as respostas enviadas pelos candidatos ao parlamento federal à carta aberta enviada pela entidade (clique aqui)

A seguir a resposta de Rodrigo Lima, candidato a deputado federal pelo PCB:

Construir a universidade popular!

Carta do PCB aos trabalhadores em educação da Universidade Federal de Santa Catarina

Os comunistas do PCB compreendem que o debate sobre condições de trabalho dos professores da UFSC deve se dar no contexto de reformas e transformações neoliberais da Universidade no Brasil que vem ocorrendo desde o governo FHC e que se aprofundaram durante o Governo Lula. Os programas Reuni e Prouni criaram um sistema de expansão do ensino universitário baseado no aumento de vagas nas universidade privadas através de recursos públicos e de expansão de vagas nas universidades públicas sem investimento proporcional ao aumento do número de estudantes.

Esta lógica, portanto se reflete também nas condições de trabalho dos professores universitários que vêem suas tarefas se multiplicarem, pois não há contratação de novos professores que possa atender as demandas, recaindo sobre os seus ombros uma pressão por produtividade que visa atender as demandas do mercado. Não somos contra o processo de expansão de vagas nas universidades, muito pelo contrário, o rumo que deve ser seguido e o da universalização do acesso. Mas não compactuamos com a lógica aplicada no Brasil, nos últimos anos, de reformas sustentadas na perda de direitos dos trabalhadores somada a precarização das condições de ensino, pesquisa e extensão, além do aprofundamento de um projeto de universidade voltado aos interesses do mercado e não dos problemas sociais, que se refletem, por exemplo, na criação e aprofundamento de fundações nas universidades que fazem a “ponte” entre o público e o privado.

Neste sentido qualquer luta pontual, tática, por direitos, por ampliação de vagas nas universidades, de garantia da autonomia universitária, de um sistema baseado no tripé ensino-pesquisa- extensão, de combate a inversão de dinheiro público para universidades privadas, direta ou indiretamente, devem ter como horizonte estratégico a construção de uma Universidade Popular, que deve estar voltada para os interesses da classe trabalhadora, gerida de forma democrática e autônoma, que garanta a unidade entre teoria e prática, que universalize o acesso a educação superior, que garanta plenos direitos aos trabalhadores em educação e que coloque as conquistas cientificas em prol de todo o povo brasileiro. A estratégia de Universidade deve estar aliada a construção de uma nova organização social, o Socialismo, que se sustente no Poder Popular.

Rodrigo Lima

Candidato a Deputado Federal

PCB/SC