O coordenador do programa de pós-graduação em Direito da UFSC, Antonio Carlos Wolkmer, afirma que, se houve erro de avaliação, deve ser revisto. Ele considerou a decisão “saudável para os concorrentes”.
– Talvez tenha havido engano na contagem dos pontos dos currículos. Quanto às notas das entrevistas, os professores podem ter achado melhor divulgar apenas a nota final.
Apesar de o curso ter tido a oportunidade de comprovar que as notas foram dadas, nada foi apresentado à Justiça. Wolkmer, que estava afastado nos últimos meses, acredita que a secretaria não conseguiu reunir os documentos por ser período de férias, com horário diferenciado.
Segundo ele, recursos contra o programa começaram a aparecer em maior quantidade nos últimos dois anos. Para o coordenador, isso comprova a qualidade do mestrado, apontado pelo Ministério da Educação como um dos melhores do país.
– Recebemos inscrições de todo o Brasil. Chegamos a inscrever entre 250 e 300 candidatos. E a área de Direito, Estado e Sociedade é sempre a mais procurada. Ela teve uns 150 concorrentes para 15 vagas.
A pró-reitora de pós-graduação da UFSC, Maria Lúcia de Barros Camargo, garante que recursos contra a seleção para pós-graduação não são comuns na universidade. Ela lamenta que processos acadêmicos estejam indo para a esfera judicial.
– São seleções muito específicas, nem sempre alguém de fora está atento para essas peculiaridades. Cada um dos 57 programas de pós-graduação da UFSC tem autonomia para organizar a seleção. Mas, se a Justiça entendeu que precisa ser refeito, deve ser cumprido – diz a pró-reitora Maria Lúcia.