A greve dos professores da rede Estadual de Educação completou nesta segunda-feira (20) 34 dias. A decisão para a continuidade da paralisação foi tomada na última quinta-feira (16) em 30 assembleias regionais. A resolução final só será discutida em uma assembléia estadual, ainda sem data definida.
A proposta oficial discutida nas assembléias foi combatida, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), porque reduz a gratificação de regência, a hora-excedente e não aplica integralmente o piso, além de achatar a carreira. Na última reunião, dia 15 de junho, o governo voltou atrás da decisão tomada e comprometeu-se a rever o decreto que impedia a progressão funcional em caso de falta injustificada, e a encaminhar um projeto de lei à Assembleia Legislativa (Alesc) para abonar as faltas da greve de 2008.
A folha de pagamento dos professores começou a rodar na sexta-feira (17), com o desconto dos dias parados aos docentes em greve. O secretário-adjunto da Educação Eduardo Deschamps afirmou que o governo irá repor o desconto somente para os professores que recuperarem os dias letivos perdidos.
Um projeto de lei complementar será enviado à Alesc, nesta semana, com o texto final do governo que institui o menor salário-base como o piso nacional (R$ 1.187) e a menor remuneração, somando a regência de classe, no valor de R$ 1.388,79. O reajuste fica entre 7% a 44% e eleva em R$ 22 milhões por mês o repasse aos professores. O valor é resultado do pagamento do piso salarial incorporado aos prêmios Educar, Jubilar e de assiduidade.