Quando a greve faz sentido

A mídia, a classe política, o setor produtivo e a comunidade ainda não tomaram conhecimento da greve geral deflagrada no dia 6 de junho pelos trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), hoje com mais de 30 mil alunos.

Justificado por uma ampla pauta de reivindicações que inclui piso, reajuste salarial, reposição de pessoal (concursos públicos), isonomia, valorização e condições de trabalho, o movimento paredista, avalizado pela Federação dos Sindicatos das Universidades (Fasubra), foi assumido, em nível local, após assembleia geral convocada pelo sindicato da categoria (Sintufsc). Hoje um Comando de Greve, agasalhado pela assembleia permanente da categoria, dá o rumo e indica os passos do movimento, que no País já alcança mais de 45 instituições.

Embora parcial, só não vê os efeitos da greve quem não quer. A quilométrica fila diária desapareceu do Campus da Trindade. O Restaurante Universitário (RU) fechou e deixou de alimentar milhares de estudantes e trabalhadores da UFSC. De quebra, a comunidade universitária viu-se impedida de saciar o espírito: Biblioteca Universitária lacrada, perdeu seu maior aliado, o livro. Com setores estratégicos afetados, os prejuízos são visíveis e, cedo ou tarde, vão doer na quina da sociedade.  As alterações precisam ser sentidas!

Embora ofuscados pelo vigoroso movimento dos professores estaduais, os trabalhadores da UFSC já obtiveram o reconhecimento das entidades representativas dos estudantes e dos docentes da Universidade. A justeza das reivindicações igualmente foi chancelada pelo Conselho Universitário, instância máxima deliberativa da instituição. E a postura dos reitores, através da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), certamente “animará” o governo a azeitar o canal de negociações com os grevistas.

Com raras exceções, ninguém gosta disso. Quem faz greve não é o servidor. A greve é geralmente produzida pelo patrão ao violentar a dignidade dos trabalhadores e da sociedade ou ao descumprir promessas e acordos. A violência não é dos rios e sim das margens que represam a liberdade das águas!

Perguntar não ofende: o que restaria do serviço público sem as greves? Os estudantes certamente pagariam a universidade no boleto bancário, o HU agonizaria nas mãos do mercado, e os “barnabés” afogados em dívidas!

Na UFSC, muitas conquistas foram construídas ou viabilizadas pela Administração Central a partir das reivindicações em greves anteriores. O Plano de Saúde e a Capacitação são exemplos emblemáticos.

A mídia, a classe política, o setor produtivo e a comunidade ainda não tomaram conhecimento da greve geral deflagrada no dia 6 de junho pelos trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), hoje com mais de 30 mil alunos.

Justificado por uma ampla pauta de reivindicações que inclui piso, reajuste salarial, reposição de pessoal (concursos públicos), isonomia, valorização e condições de trabalho, o movimento paredista, avalizado pela Federação dos Sindicatos das Universidades (Fasubra), foi assumido, em nível local, após assembleia geral convocada pelo sindicato da categoria (Sintufsc). Hoje um Comando de Greve, agasalhado pela assembleia permanente da categoria, dá o rumo e indica os passos do movimento, que no País já alcança mais de 45 instituições.

Embora parcial, só não vê os efeitos da greve quem não quer. A quilométrica fila diária desapareceu do Campus da Trindade. O Restaurante Universitário (RU) fechou e deixou de alimentar milhares de estudantes e trabalhadores da UFSC. De quebra, a comunidade universitária viu-se impedida de saciar o espírito: Biblioteca Universitária lacrada, perdeu seu maior aliado, o livro. Com setores estratégicos afetados, os prejuízos são visíveis e, cedo ou tarde, vão doer na quina da sociedade.  As alterações precisam ser sentidas!

Embora ofuscados pelo vigoroso movimento dos professores estaduais, os trabalhadores da UFSC já obtiveram o reconhecimento das entidades representativas dos estudantes e dos docentes da Universidade. A justeza das reivindicações igualmente foi chancelada pelo Conselho Universitário, instância máxima deliberativa da instituição. E a postura dos reitores, através da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), certamente “animará” o governo a azeitar o canal de negociações com os grevistas.

Com raras exceções, ninguém gosta disso. Quem faz greve não é o servidor. A greve é geralmente produzida pelo patrão ao violentar a dignidade dos trabalhadores e da sociedade ou ao descumprir promessas e acordos. A violência não é dos rios e sim das margens que represam a liberdade das águas!

Perguntar não ofende: o que restaria do serviço público sem as greves? Os estudantes certamente pagariam a universidade no boleto bancário, o HU agonizaria nas mãos do mercado, e os “barnabés” afogados em dívidas!

Na UFSC, muitas conquistas foram construídas ou viabilizadas pela Administração Central a partir das reivindicações em greves anteriores. O Plano de Saúde e a Capacitação são exemplos emblemáticos.

Moacir Loth/jornalista na Agecom