Estudo para a criação da nova instituição pública no Vale do Itajaí deve estar pronto em 15 diasDentro de 15 dias, o comitê pró-federalização da Furb dará por concluído um dos seus principais estudos, que deve possibilitar a criação de uma Universidade Federal do Vale do Itajaí (UFVI). Ontem de manhã, durante um seminário regional, a comunidade teve a possibilidade de dar as últimas contribuições ao projeto de incorporação da Furb.
O encontro, segundo o coordenador do comitê pró-federalização, Clóvis Reis, teve a participação de representantes de vários setores da universidade, além de empresários e políticos da região, todos eles manifestando apoio à ideia.
Com a finalização deste estudo – elaborado em parceria com o Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária (Inpeau), vinculado à Universidade Federal da Santa Catarina –, 90% do projeto de federalização da Furb está concluído. Restará apenas a inclusão de um terceiro estudo, que vai explicar como ficará a situação dos atuais professores e servidores. A análise está em fase de contratação. Ela deve ficar pronta no final do mês de agosto ou no início de setembro.
O passo seguinte a ser dado como comitê é a mobilização regional para iniciar a construção de uma agenda de reuniões com o Ministério da Educação para apresentação oficial do projeto. A perspectiva é ocorra ainda neste ano.
Várias razões sustentam o trabalho do comitê pró-federalização. Um dos principais argumentos do Ministério da Educação (MEC) para inviabilizar a criação de novas universidades são os custos para a construção de prédios. Mas a UFVI não começaria do zero. Ela vai incorporar o patrimônio físico da Furb: 410 laboratórios e 220 salas de aula, além de editora, rádio e televisão, complexo esportivo e programas de extensão, clínicas de saúde integradas à rede municipal, distribuídas em quatro campi.
Injeção de R$ 150 mi na economia local
Outro dado apontado pelo comitê é de que 53 municípios da mesorregião do Vale do Itajaí não contam com campus de ensino superior federal gratuito. Na região vivem hoje cerca de 1,5 milhão de pessoas. Todas desassistidas de campus de universidade federal. Há apenas polos de educação a distância.
Com a universidade pública federal, ainda é possível fortalecer a qualificação dos professores no setor de pesquisa e extensão, essenciais na produção de conhecimento que permitam maior autonomia da região na definição de estratégias de desenvolvimento. E há ainda a previsão de uma injeção de R$ 150 milhões na região com a UFVI.