A presidente Dilma Rousseff anuncia, nos próximos dias, a criação de novas universidades federais. O Ministério da Educação (MEC) está finalizando a proposta, que detalhará o valor global do investimento e a localização das instituições. Em conversas com reitores, o ministro Fernando Haddad já teria mencionado a intenção de erguer pelo menos quatro novas universidades, mas o número pode ser ligeiramente maior.
A expansão da rede federal de ensino superior foi precedida de um levantamento, em todo país, da oferta de vagas em faculdades públicas. Esse número foi comparado com o tamanho da população. Pará, Ceará e Bahia estão entre os estados que deverão ser escolhidos para sediar as novas universidades. Santa Catarina é outro que pode aparecer na lista.
O MEC informa que a proposta está em fase de elaboração, mas não fornece detalhes. No ministério, fala-se que o anúncio das novas instituções deverá ocorrer no próximo dia 16. Além de criar universidades, o governo deverá lançar novos campi em instituições já existentes. A expansão dará continuidade ao projeto iniciado no governo Lula, que criou 14 universidades – algumas delas a partir de desmembramentos ou da federalização de instituições já existentes.
O vice-presidente da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Alvaro Prata, diz que a ampliação da rede federal está em estudo no MEC. Segundo ele, o ministro já conversou com diferentes reitores:
– O governo tem uma proposta de seguir a expansão das universidades. E está se baseando no número de alunos, na oferta de instituições públicas e federais por habitante – conta Prata, que é reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O mapeamento da oferta pública, segundo ele, identificou que há a necessidade de uma nova federal em Santa Catarina: precisamente em Blumenau, no Vale do Itajaí. Prata diz que foi sondado pelo ministério para saber se a UFSC teria condições de abrir um novo campus na região. Segundo o reitor, porém, a universidade está empenhada em consolidar três campi já em funcionamento, além da sede em Florianópolis. Por isso, não teria como bancar mais um.
O vice-presidente da Andifes defende tanto a criação de novas universidades quanto a liberação de mais verbas para as atuais 59 instituições federais em funcionamento:
– Entendemos que a expansão das universidades não está terminada. É preciso dar sequência a esse projeto. As universidades existentes precisam ter condições de consolidar a expansão.