Estudantes da UFSC, em vigília desde o dia 17 de agosto no prédio da Reitoria, fizeram novas exigências. Cobram agora uma manifestação pública da Administração Central da universidade exigindo do governo federal a abertura da negociação com a FASUBRA para o retorno dos serviços essenciais ao funcionamento da instituiçãod+ contratação imediata de professores e servidores para evitar novas propostas de corte de vagas e para que se restabeleçam as condições mínimas de ensinod+ plano e prazo de conclusão de todas as obras previstas no REUNI e reajuste da bolsa permanência conforme previsto na sua regulamentação.
As novas exigências se seguem a um ofício enviado pelo reitor Alvaro Prata em resposta à carta de reivindicações entregue pelo DCE ao Gabinete, argumentando que “somente a mobilização e pressão estudantil poderia avançar na conquista dos direitos, fundamentais para assegurar as condições de estudo e permanência adequados”.
O reitor apresenta como solução de um destes problemas, um Projeto de Lei tramitando no Congresso Federal que viabilizaria a contratação de mais 150 professores que ainda restavam do REUNI. Mas, para os alunos em vigília, se ainda restam professores do REUNI a ser contratados “este é um direito já acordado entre a UFSC e o governo e, portanto, não necessita de um Projeto de Lei que pode demorar meses e até anos para ser efetivado”. Além disso, pelos cálculos do DCE, seria necessária a contratação de pelo menos 600 professores.
Os estudantes criticam os novos prazos estabelecidos pela Administração para o Restaurante Universitário (setembro de 2011). Para eles, esses prazos já foram estabelecidos anteriormente e foram todos descumpridos. Para a entrega no novo RU, por exemplo, já foram lançados três prazos diferentes, sendo que o primeiro era dezembro de 2008. Afora isso, segundo os alunos, vários outros prédios previstos no projeto inicial do REUNI sequer foram iniciados.
Para os estudantes, é necessário também que o reitor manifeste abertamente ao Governo Federal que a ausência dos serviços básicos está prejudicando gravemente a qualidade do ensino desta universidade, e exija a abertura imediata das negociações entre o governo e os servidores sobre o conteúdo e resultados destas negociações.
– É fundamental a Administração reconhecer que o valor estabelecido da bolsa permanência em 2007 e iniciado em 2008 de R$ 364,00 está defasado e é insuficiente para assegurar a própria função desta bolsa: a permanência dos estudantes sócio-economicamente vulneráveis, sublinha a carta.
Documento anterior assinado pelo reitor, e entregue ao DCE cinco dias após o início da vigília dos estudantes, especifica que não haverá redução de vagas no curso de graduação em Economia no próximo vestibular. Quanto à greve dos servidores técnico-administrativos, a administração da UFSC reafirma o seu apoio às reivindicações dos servidores técnico-administrativos e a disposição em continuar, através da ANDIFES, buscando negociações que permitam que os servidores se sintam contemplados e as universidades retornem ao seu pleno funcionamento. Já em relação às edificações, Alvaro Prata argumenta que as dificuldades associadas ao cronograma em atraso foram superadas e que as obras da terceira ala do RU serão finalizadas em setembro.