Nesta quarta-feira, 14, acontece a primeira reunião no Ministério do Planejamento com representantes das 31 entidades nacionais que compõem a Campanha Salarial 2012 em defesa dos servidores e serviço público. O tema desse primeiro encontro com o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, será política salarial para o setor público. Reunidas nesta terça, na sede da Condsef, as entidades debateram com a subseção do Dieese a necessidade de ajustes em uma proposta emergencial de política salarial que será apresentada ao governo. A proposta contempla uma série de instrumentos e elementos que buscam, entre outras coisas, a correção de distorções graves existentes no setor público.
Ao Planejamento as entidades voltarão a reforçar a necessidade de manter o cronograma registrado no protocolo enviado no dia 25 de janeiro que prevê a apresentação de uma proposta formal do governo para os servidores até o final do mês de março. Recentemente, o secretário-executivo do Planejamento, Valter Correa, chegou a reforçar que é intenção do governo manter o cumprimento desses prazos, nem que para isso seja necessária realização de reuniões noturnas e durante os finais de semana. Todas as entidades que representam os servidores das esferas dos Três Poderes estão dispostas a todos os sacrifícios para assegurar que uma proposta que envolva toda a pauta da Campanha Salarial 2012 seja apresentada para o conjunto do funcionalismo.
Mobilização e greve geral – As entidades mantêm um trabalho de mobilização permanente junto aos servidores. Nesta quinta-feira, 15, haverá um Dia Nacional de Lutas com atividades nos estados em defesa da categoria e dos serviços públicos. Também este mês, no dia 28, está confirmada uma marcha a Brasília que deve contar com a participação de 20 mil trabalhadores públicos de todo o Brasil. O objetivo é preparar a categoria para a necessidade de se iniciar uma greve geral caso não haja avanços nos processos de negociação com o governo.
Cada uma das 31 entidades que participam da Campanha Salarial 2012 vai discutir com sua base a paralisação de atividades. A base da Condsef, que congrega 80% dos servidores do Executivo Federal, realiza uma Plenária Estatutária em abril de onde sairá uma decisão a respeito da greve. Para a entidade, caso o governo não encare com seriedade o processo de negociações com os servidores, o caminho natural da luta da categoria pelo atendimento de suas reivindicações será o da paralisação.