O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, disse hoje (15) que o momento de ajuste político na base do governo no Congresso Nacional não deverá prejudicar a tramitação do projeto que cria a Fundação de Previdência Complementar para os Servidores Públicos Federais (Funpresp).
Ele acrescentou que, “depois de três mandatos como senador”, nunca viu “a Casa utilizar projetos assim para se confrontar com o governo”. “Outros confrontos já aconteceram, mas nunca tendo como instrumentos projetos tão importantes para o Brasil como esse”, disse Garibaldi, no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência em parceria com a EBC Serviços.
Segundo ele, em dez anos, o déficit registrado anualmente com o pagamento da aposentadoria dos servidores públicos, hoje em torno de R$ 60 bilhões, começará a cair e as contas ficarão equacionadas em 30 ou 40 anos. Para o ministro, trata-se de um projeto de Estado, e, por isso, não pode ser tratado de forma política. A formação de três fundos, para os Poderes da República, vai permitir a queda da taxa de juros no país, porque os recursos vão movimentar títulos do governo federal, destacou o secretário de Previdência Complementar do ministério, Jaime Mariz.
O ministro da Previdência Social disse que está descartada, da sua parte, “a volta ao Senado para se candidatar à presidência” da Casa. Segundo ele, essa possibilidade está fora de cogitação, em primeiro lugar, “porque no Senado ninguém se candidata por iniciativa própria para o posto”. De acordo com o ministro, o segundo motivo é que ele pretende “trabalhar pela a eleição do deputado Henrique [Eduardo] Alves [RN], líder da bancada do PMDB, para a presidência da Câmara dos Deputados”.