Com um comparecimento expressivo às urnas, 932 professores exerceram o direito de decidir sobre o modo de condução de suas reivindicações e decidiram contra a deflagração de greve na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A decisão aconteceu em plebiscito realizado nesta terça-feira, 12 de junho. Foram 583 (62,44%) contra a declaração da greve, 344 a favor, 03 brancos e 02 nulos.
O presidente do ADURN-Sindicato, João Bosco Araújo, chama atenção para a representatividade e a legitimidade de um plebiscito, que permitiu o posicionamento de um número expressivo dos docentes sindicalizados. “Enquanto na Assembleia, 54 professores foram favoráveis à realização da greve e 49 contrários, no plebiscito tivemos 583 votos contra à paralisação e 344 a favor”.
“O plebiscito é a ampliação da participação e da democracia. A participação de 932 professores é infinitamente mais legítimo e democrático que uma Assembleia com 103. Não devemos esquecer que foi um plebiscito de 09 de janeiro de 1961 que restituiu a democracia no Brasil quando acabou o golpe do parlamentarismo no Brasil”, ressalta João Bosco.
“A decisão livre e soberana dos docentes de não entrar em greve, representa a opção por outras formas de mobilização e luta pela garantia de novas conquistas para a categoria. Mais uma vez, os professores optaram por um Movimento Sindical propositivo e negociador”, comemorou o diretor de Política Sindical do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, que desde o início deixou clara a posição da Diretoria de ser contrária a deflagração de uma greve antes do término das negociações do Grupo de Trabalho de Carreira.
Para o dirigente, o bom comparecimento às urnas fornece maior força para o ADURN-Sindicato encaminhar as reivindicações da categoria. “O resultado solidifica a postura propositiva, plural e democrática do ADURN-Sindicato. Venceu o argumento político que fez tornar nossa entidade respeitada pela categoria”. Segundo o professor, a diretoria manterá a categoria mobilizada até o término das negociações com o Governo