Enquanto o governo segue sem dar sinais de avanços nos processos de negociação e sem apresentar propostas concretas para atender reivindicações urgentes do setor, os servidores da base da Condsef seguem fortalecendo a greve geral nos estados. Nesta segunda-feira, os servidores do Incra pararam na Bahia e no Espírito Santo. Com isso a categoria já está paralisada em quase todo o Brasil. Servidores da Funai também reforçaram o movimento no Ceará e na Paraíba e servidores da Saúde decretaram greve no Mato Grosso. Ao todo já são 22 estados e o Distrito Federal com servidores paralisados em 26 setores. Confira o quadro atualizado clicando no banner AGORA É GREVE.
Entre eles a greve afeta o Incra, Funasa, Funai, os Ifet”s (Institutos Federais de Tecnologia), Arquivo Nacional, Inpi, Agricultura, Dnit, Cnem, Datasus, PRF, Transportes, Saúde, Museu do Índio, Iphan, INES, Fazenda, Justiça, MTE, Previdência Social, HFA (Celetistas e Estatutários), Integração Nacional, Desenvolvimento Agrário (MDA), Area Ambiental (Ibama, MMA, Chico Mendes), Ceplac, Fundo de Marinha Mercante, Planejamento (4 horas por dia). Além desses setores da base da Condsef seguem paralisados os professores e técnicos das Universidades, do IBGE e reforçando a mobilização estão servidores das Agências Reguladoras e DNPM que podem parar por tempo indeterminado a partir do dia 16.
Nesta segunda a Condsef participou de uma reunião no Ministério do Planejamento com participação de representantes do Ministério da Saúde, Fenasps e o comando de greve da Saúde no DF. O objetivo foi tratar de demandas pontuais dos servidores da Saúde que têm reforçado sua mobilização a cada dia. Apesar de a pressão ter aumentado, o governo segue mantendo o mesmo discurso de que não possui propostas concretas para apresentar aos setores, o que ainda segundo o governo deve acontecer no dia 31 de julho. A Secretaria de Relações do Trabalho disse que o debate – que envolve CPST, PGPE e carreiras correlatas – perpassa pela Lei 12.277/10 que criou tabela salarial diferenciada para cinco cargos de nível superior. Mesmo sinalizando que este é o cerne das negociações não há qualquer proposta para que os servidores possam avaliar.
Encontros setoriais podem reforçar mobilização – Com o discurso inalterado do governo a melhor estratégia para os servidores é continuar reforçando a greve pelo Brasil. Nesta terça, 3, a Condsef realiza diversos encontros setoriais com categorias de sua base que podem reforçar o movimento. Para a Condsef a tendência é de que a greve continue sendo ampliada. Outra atividade programada para esta semana é o dia Nacional de Lutas nos estados na quarta, 4.
Um acampamento na Esplanada dos Ministérios também acontece entre os dias 16 e 20 desse mês. Estão programadas ainda diversas atividades ligadas ao movimento paredista dos servidores. No dia 18 de julho está prevista a realização de mais uma marcha a Brasília para cobrar do governo a resposta das pautas protocoladas. Durante todos os dias haverá atividades políticas na Esplanada. E no dia 20 acontece uma plenária unificada de avaliação com todas as entidades com categorias em greve.
Quanto mais o governo empurrar os processos de negociação, mais os servidores devem se mobilizar. Somente o reforço na mobilização nacional será capaz de fazer com que a categoria obtenha vitórias significativas em um processo de negociação que ainda não apresentou as respostas de melhoria que os servidores e serviços públicos necessitam.