BRASÍLIA – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reuniu-se nesta terça-feira com 42 reitores de universidades federais em greve para avaliar a repercussão, entre os docentes, da proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo. De acordo com o ministro, a posição relatada pelos reitores foi a de que, na maioria das instituições, os professores pedem que os reajustes de até 27% para aqueles que têm título de mestre e até 45% para doutores seja antecipado. A proposta do governo estipula o aumento escalonado em três anos.
Mercadante, no entanto, descartou a possibilidade de atender a reivindicação, em função do cenário macroeconômico atual. “Em ano de crise o governo quer garantir emprego de quem não tem estabilidade”, disse, reforçando que a proposta do governo inclui um “esforço fiscal muito grande” e que não é possível “ir além”.
Outro ponto tratado na reunião, segundo o ministro, foi o reajuste para os cargos técnicos das universidades. Eles não foram contemplados na proposta do governo. Mercadante afirmou que a prioridade são os professores, mas não descartou avaliar o pedido dos técnicos após a resolução da proposta dos docentes. E disse que o governo vai analisar as informações trazidas pelos reitores, embora não haja expectativa de modificação da proposta original.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindisep-DF) deu ao governo prazo até quinta-feira que vem (26) para que as propostas da categoria sejam endossadas. O sindicato ameaça paralisação dos funcionários do ministério. A reunião entre os reitores e o ministro foi realizada na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília.