Nos últimos dias, diversos termos de reposição de dias parados devido à greve foram enviados ao Ministério do Planejamento para homologação. Esta era a exigência imposta pelo Planejamento para devolver o restante dos salários retidos de mais de 12 mil servidores. A Condsef já encaminhou ao Planejamento os termos firmados com os gestores de vários órgãos. A entidade solicita que o ministério assegure a devolução integral dos salários mediante a confecção urgente de uma folha suplementar. A coordenadora-geral de Negociação e Relações Sindicais, Edina Lima, informou que os termos estão sendo analisados e que até esta sexta-feira o Planejamento espera homologar todos eles. A partir daí, ainda segundo Lima, o Planejamento faria uma avaliação da possibilidade de emissão de folha suplementar. A Condsef segue cobrando urgência na devolução dos salários retidos uma vez que os servidores já estão cumprindo sua parte no acordo e a reposição dos trabalhos já está em andamento.
Para a Condsef, atitudes truculentas do governo – e o fato de não cumprir com sua palavra no acordo referente à devolução de dias descontados mediante a reposição do trabalho por parte dos servidores – enfraquecem os processos de negociação que já não possuem regras estabelecidas. Este é, inclusive, um dos motivos que devem continuar motivando a mobilização dos servidores unidos em torno do Fórum Nacional de Entidades.
Condsef e as demais entidades que compõem o fórum já iniciaram debates para assegurar a continuidade da luta dos servidores federais. Entre as bandeiras está a busca pela regulamentação definitiva da negociação coletiva. As entidades vão promover um seminário para discutir o tema, bem como a regulamentação do direito de greve. O objetivo é também buscar apoio de parlamentares para levar à votação os projetos resultados de mais de três anos de diálogo entre governo e servidores do âmbito federal, estadual e municipal. Todas as entidades concordam que a regulamentação da negociação coletiva, com regras estabelecidas e que assegurem formalmente o cumprimento de acordos por ambas as partes envolvidas, poderiam evitar no mínimo 70% das greves necessárias para buscar algum tipo de reivindicação.
A unidade e mobilização da categoria continuam sendo fundamentais. Todos os servidores devem permanecer atentos, promover a mobilização e unidade permanente nos locais de trabalho. Tudo com o objetivo de assegurar que a luta da categoria permaneça conquistando avanços importantes nos processos de negociação com o governo e no atendimento das demandas mais urgentes do setor público.