Na tarde desta quarta-feira (23), Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), se reuniu com dirigentes de cinco centrais sindicais na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, para organizar uma grande marcha de trabalhadores que acontecerá em Brasília, no dia 06 de março.
A reunião, que contou com a presença de presidentes e assessores da Força Sindical, CTB, Nova Central e CGTB foi uma ação das entidades de classe em resposta a “falta de diálogo entre o governo da presidenta Dilma Rousseff e as centrais sindicais”, como lembrou o presidente da Nova Central, José Calixto.
Durante o encontro ficou definido que a manifestação, que ocorreu pela última vez em 2011 e levou cerca de 50 mil trabalhadores e trabalhadoras do Estádio Mané Garrincha até a rampa do Palácio do Planalto, terá como pauta lutas temas que são históricos e unitários para a classe trabalhadora: Redução da jornada de trabalho sem redução salarial, fim do fator previdenciário, 10% do PIB para educação e o mesmo percentual para a saúde, o destravamento da reforma agrária, cobrança de uma definição em relação as convenções 151 (que estabelece negociação coletiva entre trabalhadores do setor público e os governos municipal, estadual e federal, que já foi ratificado pelo Senado) e 158 (que promove garantias aos profissionais contra dispensa imotivada), além de melhorias na política para aposentados e mudanças na política macro econômicas.
Segundo Patah é preciso avançar as pautas de reivindicações que as centrais sindicais vão levar para Brasília. Em 2010, durante o processo eleitoral, a UGT elaborou uma agenda e reivindicações que foi entregue para os presidenciáveis e cinco entidades elaboraram outros projetos, para o dirigente “não adianta tentar inventar a roda e tentar criar novas bandeiras de luta já que o governo ainda não acatou a agenda trabalhista”.
Juruna, da Força Sindical, ressaltou que é preciso formar uma mesa de negociação com a presidente Dilma para que seja entregue a pauta de reivindicação da classe trabalhadora e que, acima de tudo, além da marcha que reunirá milhares de trabalhadores de diversos estados da federação, poucos dias antes das festividades do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, uma comissão de sindicalistas estará no Palácio do Planalto para saber o que foi definido em relação ao documento das centrais.
Diante disso ficou acordado que o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), formulará um documento unificado que contemplará as bandeiras de luta comum para todas as instituições.
A próxima reunião entre as lideranças ficou definido para o próximo dia 04 de fevereiro, na sede da UGT nacional.
Por Fábio Ramalho, UGT