A pauta de reivindicações já foi protocolizada nos órgãos do governo e, no dia 20 de fevereiro, a Campanha Unificada deste ano será lançada oficialmente
Os servidores públicos federais já prepararam seu calendário de mobilizações para o próximo período. Entre as principais atividades está o lançamento oficial da Campanha Unificada dos Servidores Públicos Federais (SPF) e o Seminário sobre Negociação Coletiva e o Direito de Greve.
A pauta de reivindicações 2013 já foi protocolizada nos órgãos do governo e, no dia 20 de fevereiro, a Campanha Unificada deste ano será lançada oficialmente. Os servidores irão realizar um ato político em frente ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, cujo objetivo será cobrar audiência com os gestores do ministério para exigir o início das negociações sobre a pauta de reivindicações – protocolizada em janeiro.
Debates
No dia anterior ao ato, 19 de fevereiro, haverá o Seminário sobre Negociação Coletiva e Direito de Greve para todas as esferas do funcionalismo. Pela manhã, o evento contará com apresentação de painel sobre Negociação Coletiva, com a participação de representantes do Dieese, DIAP e AGU.
O período da tarde será dedicado à discussão sobre Direito de Greve, com painel das centrais sindicais. A CSP-Conlutas comporá a mesa com outras entidades. O seminário acontece no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
Para o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, o evento servirá para preparar os trabalhadores contra os ataques que o governo Dilma pretende disparar às conquistas dos servidores públicos. “Vamos dar subsídios para que os servidores entendam o que está por vir e traçar estratégias para combater as ameaças aos direitos já conquistados”, disse.
Divergência
Segundo Barela, o seminário irá contribuir também para que nesta Campanha Unificada os servidores entendam o que vão defender e quem irão enfrentar.
“O governo quer retirar o direito de greve e temos que fazer pressão contra isso. Diferente da CUT, CTB, Força Sindical e outras centrais, a CSP-Conlutas compreende que não há correlação de forças na conjuntura e no Congresso Nacional para disputar um projeto de regulamentação de greve que favoreça os servidores”, explicou, completando que a disputa deverá ser feita “nas ruas, na mobilização e nas greves”.
Por isso, o dirigente reiterou a importância de se organizar uma campanha forte em defesa do direito de greve. “Precisamos debater o que isso significa, pois só podemos nos defender entendendo a fundo o que representa mais esse ataque. Também vamos mostrar aos governantes, no lançamento da Campanha, a força dos servidores e de nossa unidade”, salientou.
Um folder eletrônico com detalhes do Seminário e do lançamento da Campanha Salarial será elaborado e amplamente divulgado nos sites e redes sociais.