Em parceria com o Ministério da Educação, a Universidade de São Paulo (USP) realiza nesta terça, 12 e quarta-feira, 13, na Faculdade de Educação, a conferência O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e o Sistema Nacional de Educação. A programação do evento inclui uma série de debates sobre os desafios contemporâneos da educação brasileira e a concretização em torno das aspirações do Manifesto dos Pioneiros, que este ano comemora o 80o aniversário.
Na noite desta segunda-feira, 11, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou da solenidade de abertura, ao lado do prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, professores, estudantes e demais autoridades. Segundo o ministro, o debate em torno do Manifesto dos Pioneiros servirá como subsídio e estímulo às discussões da Conferência Nacional de Educação (Conae), em 2014.
Em 1932, muitos intelectuais brasileiros já se preocupavam e buscavam novos rumos e mais investimentos para a educação. O documento, idealizado e redigido por 26 educadores e intelectuais, defendia diretrizes nítidas, entre elas, a escola pública para todos, bem como escola em tempo integral e universidades gratuitas.
A conferência tem como um de seus objetivos promover, atualizar e democratizar o debate em torno dos pontos abordados no documento, já que muitos têm relação com o trabalho desenvolvido pelo MEC e estão, de certa forma, abordados no Plano Nacional de Educação (PNE), ainda em tramitação no Congresso Nacional. “Eles pensavam em educação gratuita para todos e esta é uma realidade que precisamos ter até 2016”, salientou Mercadante.
Reconhecimento – A realização da conferência também é uma forma de fazer uma homenagem póstuma a Fernando de Azevedo, que foi um dos autores do documento de 1932. Ele, inclusive, foi um dos fundadores da USP, juntamente com Armando de Sales Oliveira e Júlio de Mesquita Filho, entre outros intelectuais.
As comemorações em torno dos 80 anos do Manifesto dos Pioneiros ainda incluem o lançamento de uma coletânea com as obras reeditadas dos autores que redigiram o documento de 1932.