Utilizando o humor para chamar a atenção, alunos do Centro de Engenharias da Mobilidade (CEM) do campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de Joinville realizaram, no dia 20 de novembro, um protesto para reclamar na demora da entrega da sede própria da Universidade. Eles organizaram uma aula sátira na obra inacabada, localizada nas margens da BR 101, para exigir a término da construção, já que a sede provisória, que funciona no Bairro Santo Antônio, não comporta mais a demanda da comunidade universitária.
Conforme matéria divulgada pelo Boletim da Apufsc, edição de novembro, as condições do campus provisório da UFSC de Joinville são precárias e o local não comporta mais a demanda. De acordo com relatos de professores, alunos e técnico administrativos, não há salas de aulas suficientes, faltam laboratórios e salas de estudos. Segundo eles, não se tem clareza de quando o campus definitivo ficará pronto. Desde 2009, quando começaram as atividades da Universidade na maior cidade de Santa Catarina, várias datas para a inauguração foram anunciadas, mas a obra está parada e a previsão, agora, da Administração Central é de que ficará pronta apenas em 2016. “Estamos cansados de tanta promessa. Estamos com falta de professores, com falta de técnicos e de material para concluir os projetos desenvolvidos por nós. Sabemos da importância da UFSC para desenvolver a região, por isso, queremos um espaço que ofereça as condições necessárias para isso”, relatam os alunos.
Este, segundo os organizadores, foi a primeira de uma série de manifestações de que devem ocorrer na cidade para pressionar a Reitoria da UFSC na conclusão da obra.
Depois da divulgação da matéria pela Apufsc e da manifestação dos alunos, o site da Universidade publicou uma matéria informando que a empresa contratada para fornecer os projetos para instalação do campus não atendeu aos requisitos mínimos estabelecidos. “Era para essa obra estar pronta. O esqueleto está lá, mas não foi finalizado. A empresa contratada para fornecer esses projetos não conseguiu atender prazos, muito menos qualidade, e foi inabilitada. Isso gerou processo administrativo”, esclarece diretor do DPAE, Elias Sebastião Andrade. A expectativa do diretor é de que, até o final do primeiro semestre de 2016, o Bloco 1, composto por 21 salas de aula e 10 laboratórios de ensino em uma área de cerca de 11 mil metros quadrados, esteja pronto. Posteriormente, devem ser iniciadas as obras dos Blocos 2 e 3, espaços que abrigarão os laboratórios de pesquisa.
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