Ministro da Educação disse que exame será ‘mais neutro’; de acordo com o Inpe, custo da prova será de R$ 537 milhões
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que as questões Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) neste ano não virão carregadas “com tintas ideológicas”, como ocorria em anos anteriores, de acordo com a avaliação do ministro. Ele também afirmou que a prova será “mais neutra” e com ênfase em “critérios educacionais”. Na entrevista, o MEC também divulgou que o Enem 2019 deve custar R$ 537 milhões.
Weintraub afirmou que as provas já foram impressas e metade do material já foi encaminhado para o destino. Ele lembrou que este será o último ano em que a prova será feita totalmente de forma impressa. A partir de 2020, o cronograma prevê uma transição progressiva para a prova digital. A expectativa, de acordo com o presidente do Inep, é de que a migração para a prova digital possa reduzir as abstenções.
A estimativa é de que o custo por aluno seja de R$ 105,52 por candidato inscrito. Nesse cálculo, estão incluídos gastos com a impressão, envio, aplicação e despesas com segurança da prova, por exemplo. No ano passado, o custo por aluno foi equivalente a R$ 106,13.
Os valores divulgados hoje podem mudar, segundo o presidente do Inep, Alexandre Lopes. Se a abstenção for alta, disse, os valores podem cair. Mas, completou, se houver a necessidade de reaplicação da prova (o que ocorre nos casos em que alunos não podem realizá-la no dia marcado por causa de falta de luz, alagamentos próximo do local do exame, por exemplo), os custos poderão ser mais altos.
O presidente do Inep destacou também que a maior parte do custo da prova do Enem é financiada pelo instituto. Dos R$ 537, 7 milhões que devem ser desembolsados para a realização da prova neste ano, R$ 179,7 milhões são provenientes de recursos obtidos com a taxa de inscrição.
Leia na íntegra: Estadão