Proifes defende manutenção do Acordo de reestruturação de carreiras em reunião com o MPOG

O Proifes-Federação, representado por dirigentes de sindicatos federados de todas as regiões do Brasil, reuniu-se nesta sexta-feira, 1, com o titular da Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Augusto Akira Chiba, na sede do Ministério em Brasília.

 Na reunião o Proifes ressaltou esperar o cumprimento do Acordo n. 19/2015, assinado entre a entidade e o Governo Federal, e transformado na Lei 13.325 de 2016, sancionada pelo governo Temer. O Acordo prevê, dentre outros, uma reestruturação das carreiras dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs).

 

O secretário do MPOG iniciou sua fala salientando que a arrecadação do governo caiu mais do que o esperado, sendo necessária a postergação para 2019 dos aumentos negociados com os servidores para 2018, e que além desta, uma série de medidas estavam sendo estudadas, dentre elas o estabelecimento de um limite máximo salarial inicial para servidores públicos, aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% para os valores que passarem do teto de contribuição do Regime Geral de Previdência Social, de R$ 5.531,31 e reestruturação das carreiras de servidores federais, com o objetivo de alongar o período de trabalho até a obtenção do teto salarial de cada categoria.

O presidente do Proifes-Federação, Eduardo Rolim de Oliveira (ADUFGRS-Sindical), ressaltou que a entidade não concorda com as medidas propostas, que atacam e fragilizam o serviço público de maneira particular, em detrimento de outras medidas que poderiam ampliar a arrecadação sem sacrificar o serviço público, como a reforma tributária, medida que foi proposta e descartada pelo governo “em tempo recorde”, apesar de ser socialmente muito mais justa e economicamente importante para o país. 

Rolim destacou que para o Proifes três pontos são essenciais: a manutenção da reestruturação de carreira conforme o que foi acordado com o governo, e sancionado na Lei 13.325/2016, além da implementação de outros pontos ainda pendentes do Acordod+ o cumprimento imediato das alterações do Decreto 1590/1995 no que se refere ao fim do controle de frequência dos docentes do Ensino Básico, Técnico e Tecnológicod+ e a retomada das negociações sobre reajuste salarial para o biênio 2018/2019.

Para o presidente do Proifes, não faz sentido falar em nova reestruturação das carreiras dos docentes das IFES nos moldes em estudo pelo governo atual, pois o mesmo governo sancionou a Lei 13.325, que já trata da reestruturação das carreiras desta categoria. Outro ponto destacado foi que a carreira de docente das IFEs já tem um período de 24 anos para alcançar o teto salarial, o que já é relativamente mais longo do que o de outras carreiras federais.

 

Após ouvir as ponderações do Proifes, em especial sobre o impacto financeiro da reestruturação negociada pela entidade, o secretário se comprometeu a consultar o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, sobre a possibilidade de não adiar a reestruturação de carreira dos professores e professoras das IFEs. Segundo Chiba, a carreira de docente das IFEs também pode ser preservada do limite máximo salarial inicial, pela especificidade destas carreiras.

O Secretário ainda afirmou que levará as considerações do Proifes ao ministro do Planejamento, e que pretende responder às questões levantadas pelo Proifes em uma nova reunião, a ser marcada em breve.

Fonte: Proifes