Governo estuda formas de incluir no Mais Médicos profissionais formados em universidades federais

Com o intuito de preencher as vagas que eram ocupadas pelos médicos cubanos no Mais Médicos, o governo vem estudando mecanismos para que formados em Medicina em universidade federais passem um ano prestando serviços ao programa. Nesta segunda-feira (19), a proposta foi debatida pelos ministros Gilberto Occhi, da Saúde, e Rossieli Soares, da Educação.

Detalhes da medida ainda devem ser estudados por um conjunto das duas pastas, assim como novas mudanças no Mais Médicos após a saída dos profissionais cubanos, que já está ocorrendo. De acordo com as fontes envolvidas, ainda é preciso analisar quais serão os fatores para justificar a exigência por parte dos médicos recém-formados. A principal ideia é de que o aluno do ensino público federal devolva o investimento recebido pelo Estado. No entanto, a participação de todos os formados em Medicina no Mais Médicos seria de difícil implementação. As novas regras não devem estar presentes nos novos editais.

Mais algumas soluções foram discutidas pelos ministros, como exigir a contrapartida dos estudantes que receberam algum tipo de benefício ao longo da jornada acadêmica e realização de mais uma edição por ano do Revalida, exame de certificação de diplomas de médico obtidos no Exterior. Atualmente, a prova, feita em duas etapas, chega a levar mais de 12 meses entre o lançamento do edital e o resultado. A segunda etapa é a mais difícil de ser aplicada e exige conhecimento prático.

Para promover maior acesso e diminuir as dificuldades de acesso do Mais Médicos ao Revalida, a intenção do governo é credenciar instituições públicas e privadas de excelência em Medicina para aplicar a prova prática. Também poderiam participar hospitais ligados a universidades e unidades particulares conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Outra ideia proposta  é a inclusão de médicos formados com o apoio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no programa Mais Médicos, o que possibilitaria para estes profissionais, que ainda não quitaram a dívida, um abatimento no valor a ser pago, além de também receberem a remuneração do programa.

Fonte: Jornal Zero Hora