Ministros propõem reforma de previdência mais dura, Sindifisco diz que rombo não existe

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira  à Rádio Jovem Pan que ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes, esperam apresentar na próxima semana ao presidente Jair Bolsonaro um projeto completo de reforma da Previdência para recuperar o sistema atual e criar um novo regime de capitalização para as futuras gerações.

A visão da equipe econômica de uma reforma da Previdência mais duradoura e de longo prazo deve prevalecer na versão que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro na próxima semana. Essa foi a indicação dada pelos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes, que se reuniram nesta terça-feira, 8/1, na sede do antigo Ministério da Fazenda após uma série de desentendimentos entre as alas econômica e política do governo em torno da proposta que é considerada essencial para a sustentabilidade das contas públicas. No entanto, a existência de um rombo na previdência é questionado por economistas, políticos de oposição e sindicatos.

O rombo na previdência é real?

O Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (SINDIFISCO) divulgou, em 2016, um vídeo no qual apresenta dados segundo os quais não existe rombo na Previdência, conforme já alegava o governo. Neste vídeo, os auditores afirmam que, em 2015, o Governo Federal arrecadou para a Seguridade Social R$ 700 bilhões e foram gastos R$ 688 bilhões. Naquele ano, o governo teria “desvinculado” – para outras finalidades – cerca de R$ 66 bilhões da previdência, saúde e assistência social, alertam os auditores.  “É falso dizer que a Previdência tem déficit, ao contrário ela tem superávit”, afirma o SINDIFISCO, contrapondo-se às informações do governo de que, em 2015 o déficit da Previdência foi de R$ 89 bilhões.

Veja o vídeo explicativo do Sindifisco

Leia mais sobre a proposta de reforma: Estadão / Valor


E.M.