Cotistas homens tiveram maior acesso a cargos de chefia
Uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB) avaliou o desempenho de alunos cotistas da própria instituição no mercado de trabalho. O resultado indica que homens ingressaram na universidade através das cotas raciais e concluíram o ensino superior, ganham até 40% a mais do que aqueles que tentaram usar o sistema de cotas e não foram aprovados.
O levantamento começou em 2006, acompanhando a carreira de 7.000 pessoas com base em dados do Ministério do Trabalho. O fato de frequentar a UnB aumentou em 7% a chance dos alunos homens cotistas atingirem cargos de direção e gerência no mercado formal. Esses estudantes têm possibilidade 17% maior de terminar a faculdade em relação aos que não conseguiram entrar pelo sistema de cotas. A matéria indica que as mulheres cotistas não alcançaram o mesmo desempenho, e a entrevistada aponta a necessidade de uma nova pesquisa para esclarecer as razões.
A Unb foi a primeira universidade federal a adotar o sistema de cotas raciais em seu processo seletivo de ingresso para cursos de graduação. Implementado em 2004, o Plano de Metas para Integração Social, Étnica e Racial estabelecia que 20% das vagas do vestibular seriam destinadas a candidatos negros. Hoje são reservadas 30% das vagas a graduação.
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C.D/E.M