Juízes, advogados e trabalhadores da Justiça do Trabalho fizeram na manhã desta segunda-feira (21) em São Paulo, protestos contra a extinção do órgão. Outros protestos devem acontecer hoje em nove cidades do país. As manifestações são uma resposta às declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao SBT no começo de janeiro. Bolsonaro admitiu a possibilidade de encerrar as atividades do Judiciário trabalhista por haver um “excesso de proteção” aos trabalhadores. A estrutura do Judiciário é responsável por mais de 5 milhões de processos que aguardam julgamento, envolvendo as relações entre empregadores e empregados.
A articulação dos protestos foi feita pelo recém-criado Movimento Em Defesa da Justiça do Trabalho (MDJT). Os manifestantes não receberam apoio do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que desaconselhou o “apoio institucional” ao movimento. O presidente do TST, João Batista Pereira, disse que conversou com o presidente da República que teria garantido não ter planos ou projetos neste sentido. Pode ter sido mais um recuo estratégico de Jair Bolsonaro.
C.D. / E.M.