A comissão de validação de cotas raciais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recusou a matrícula de 280 estudantes autodeclarados pretos ou pardos. O procedimento foi adotado pela primeira vez na instituição, que ofertou 6.972 vagas pelo Sisu, das quais 2.400 foram destinadas às cotas étnico-raciais. Até a última segunda-feira (11), 188 candidatos haviam entrado com recursos. Segundo o pró-reitor para Assuntos Acadêmicos, Paulo Góes, a medida foi adotada para evitar fraudes. “Nós estamos fazendo isso como uma forma de garantir as ações afirmativas. O ano passado, nós tivemos 17 denúncias de fraudes, das quais 12 foram confirmadas e os alunos desligados, em pleno ano acadêmico”, explicou.
Os candidatos foram avaliados por 11 comissões formadas por meio de chamada pública, integradas por professores, alunos, técnicos e membros da sociedade civil. Os estudantes perderam o direito à vaga nos casos em que os membros de cada comissão discordavam por unanimidade da autodeclaração. Os recursos serão reavaliados pela Comissão de Ações Afirmativas Étnico-Raciais da UFPE, última instância do assunto dentro da Universidade.
C.D./L.L.