Enade: avaliação de Medicina piora em quatro anos e chega a 20% dos cursos sem qualidade adequada

Ainda assim, essa é a área em que mais graduações (45%) conseguiram as melhores faixas de qualidade, aponta o Globo

Dados do Exame Nacional de Desempenho Estudantil (Enade) de 2023 mostram que os cursos de Medicina pioraram em relação à última avaliação, realizada em 2019. No ano passado, 20% não atingiram patamar considerado satisfatório. Mas, ainda assim, é a área em que mais graduações conseguiram as melhores faixas de qualidade. São 45% nas notas 4 (boa) e 5 (ótima). Quatro anos atrás, essas proporções foram de 13% e 51%, respectivamente. 

O Enade 2023 avaliou 9,8 mil cursos de 23 bacharelados e seis tecnólogos. O conceito é o resultado da prova, aplicada a todos os formandos. Na área de Medicina, participaram 309 cursos, sendo 196 privados. Entre as instituições particulares, a proporção que alcançou as piores faixas foi ainda maior, de 28%. Já nas públicas, isso foi de apenas 6,1%. Fizeram a prova 31.054 pessoas, sendo 23.579 de instituições privadas e 8.101 de públicas. 

Na outra ponta, a graduação com pior desempenho foi Engenharia Mecânica. Mais da metade (51%) dos cursos avaliados tiraram notas 4 e 5, o que é considerado insuficiente. E só 18% conseguiram obter os maiores patamares de desempenho, 1 e 2. Já na área da Saúde, Biomedicina se destacou negativamente com 48% nas piores notas e 18% nas melhores.

Leia na íntegra: O Globo