Sem aumentos ou plano de carreira, professores temporários são maioria nos estados pelo 3º ano seguido, diz Censo 2024

No Brasil, 14 redes estaduais priorizam contratação “por temporada”, sem garantir estabilidade ou plano de carreira, desta o G1

Pelo terceiro ano seguido, o índice de professores temporários nas escolas estaduais foi maior do que o de efetivos em 2024, mostra o Censo de Educação Básica, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quarta-feira, dia 9. 

A pesquisa revela que havia 331.440 docentes concursados (49,96%), contra 331.971 contratados apenas por “temporada” (50,04%). Essa última modalidade, em geral, envolve condições de trabalho mais precarizadas, como a ausência de aumentos ou de bônus (como quinquênios) por tempo de carreira.

“Professor temporário, independentemente do tempo de carreira, fica sempre naquela base de salário inicial. Para o gestor, é ótimo: uma massa de trabalhadores continua sempre estagnada”, diz João Batista dos Santos, pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). “A contratação temporária não é inimiga, mas não pode ser pensada como estratégia para reduzir gastos.”

Leia na íntegra: G1