O Proifes-Federação reitera que o financiamento adequado da ciência e da inovação traz benefícios concretos à sociedade e à economia
O Proifes-Federação, entidade que representa professores e professoras de instituições federais de ensino superior e de ensino básico, técnico e tecnológico, com base em todo o território nacional, vem a público manifestar sua profunda preocupação com a proposta orçamentária para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na PLOA 2025, que entrará em votação no Congresso nesta semana.
O valor previsto representa uma redução significativa em relação aos anos anteriores, comprometendo gravemente a continuidade e a expansão da ciência e da tecnologia em nosso país. Na PLOA 2025, o orçamento previsto para o CNPq é de R$ 1,9 bilhão, valor inferior em 5,78% à LOA do ano passado.
Essa realidade impacta diretamente a renovação e o fortalecimento do sistema científico nacional, colocando em risco o avanço do conhecimento, da inovação e do desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Projetos fundamentais que já estão subfinanciados ficarão sob risco de sequer ter o mínimo necessário à sua continuidade.
Ademais, conforme apontado por entidades como a SBPC e a ABC, a projeção de arrecadação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) na PLOA 2025 subestima os valores reais de arrecadação, o que pode comprometer os investimentos no setor. Em 2024, a receita do FNDCT foi de R$ 16,7 bilhões, um crescimento expressivo em relação a anos anteriores. No entanto, a projeção orçamentária para 2025 não reflete essa evolução, subestimando os recursos disponíveis para o financiamento de iniciativas estratégicas.
O Proifes-Federação reitera que o financiamento adequado da ciência e da inovação traz benefícios concretos à sociedade e à economia, fortalecendo a capacidade produtiva do país e criando condições sustentáveis para o enfrentamento dos desafios regionais e globais que se apresentam na atualidade.
A ciência e a tecnologia são pilares estratégicos para a soberania nacional e para a redução das desigualdades socioeconômicas. O investimento em pesquisa não apenas fomenta avanços científicos e tecnológicos, mas também contribui para a geração de empregos qualificados, o fortalecimento da indústria nacional e a melhoria da qualidade de vida da população.
Fonte: Proifes