Estudo alerta: calor extremo pode matar milhões até o fim de século

Pesquisadores analisaram centros urbanos europeus projetando os cenários de aquecimento global

O clima está de cabeça para baixo. Apesar do Acordo de Paris, em que as nações concordaram em conter o aquecimento em 1,5°C, em relação ao período pré-industrial, até o fim deste século, a crise climática já está aí. Cientistas procuram prever os estragos em diferentes escalas e, quem sabe, achar outros caminhos de sobrevivência em um mundo com recursos esgotados. Mais de 2,3 milhões de europeus podem morrer devido temperaturas extremas – calor e frio – até o fim do século, se os países não tomarem nenhuma atitude efetiva para mitigar o aquecimento global. O alerta vem do estudo modelado sobre os efeitos do aumento da temperatura, publicado na revista Nature Medicine. Pesquisadores analisaram dados de mortalidade e temperatura de 854 centros urbanos de 30 países diferentes entre 2015 e 2099.  Os cientistas exploraram diversos cenários de aquecimento, inclusive modelos que levam em conta estratégias como aumento de áreas verdes nas cidades e a instalação de aparelhos de ar-condicionado.

Entre os cenários projetados, temperaturas com o aumento de 1,5°C, 2°C, 3°C e 4°C. Eles também consideraram três cenários de como os países podem tentar se adaptar, reduzindo os riscos do aquecimento em 10%, 50% e 90%. “Precisamos de um pacote massivo de adaptação” para compensar o aquecimento global”, diz Pierre Masselot, co-autor do estudo, epidemiologista da Faculdade de Londres de Higiene e Medicina Tropical. “Até o momento é difícil saber como as adaptações podem ajudar.”

Leia na íntegra: Veja