Apesar de avanços, Brasil ainda tem dificuldade para desenvolver e produzir suas próprias vacinas

Falta de um parque de testagem de toxicidade e de colaboração entre governo e empresas são alguns dos motivos, dizem especialistas

Apesar de avanços nas últimas décadas, o Brasil ainda tem dificuldades para desenvolver e produzir suas próprias vacinas sem depender de fornecedores no exterior. O grande problema, segundo especialistas ouvidos pela Folha, é o “meio de campo”, as etapas intermediárias do processo.

Embora já conte com uma comunidade científica capaz de conceber novos imunizantes e com uma rede de instituições que consegue avaliar a eficácia vacinal em grupos grandes de pacientes, o país continua patinando nos processos cruciais que existem entre essas duas pontas. Sem eles, não é possível demonstrar que o novo produto é promissor o suficiente para um ensaio clínico (ou seja, em humanos) de larga escala.

“Existe uma desconexão no Brasil, tanto por parte dos empresários que transformariam a vacina em produto quanto do governo, em relação ao potencial científico do país”, resume a imunologista Cristina Bonorino, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. “Há um grande potencial nas duas pontas do processo, que se perde no caminho.”

Leia na íntegra: Folha