A obra busca tratar de questões como as mudanças decorridas nesses 20 anos, as medidas preventivas tomadas à época e o desenvolvimento de uma consciência em relação ao clima e ao planeta Terra
O professor Reinaldo Haas, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), lançou neste mês o livro semibiográfico “Harmonia e tempestades: a minha jornada ao olho do Catarina”, onde conta sua experiência durante a passagem do furacão Catarina, que atingiu a região Sul do Brasil em março de 2004, há 20 anos.
No livro, Haas se descreve como um apaixonado pelo tema, não apenas por sua formação científica como físico, meteorologista e pesquisador, mas também por admirar tempestades desde criança. Ele revela como nasceu a paixão por tempestades, como foi parar no olho do furacão Catarina e porque, como cientista, defende que o Catarina foi realmente um furacão e não apenas um ciclone extratropical. Ao revisitar a literatura científica, realizar pesquisas em busca de ocorrências similares na região e, especialmente, por estar presente e viver a experiência do Catarina, Haas apresenta suas hipóteses.
A obra também busca tratar de questões como as mudanças decorridas nesses 20 anos, as medidas preventivas tomadas à época e o desenvolvimento de uma consciência em relação ao clima e ao planeta Terra. De acordo com o professor, recentemente as chuvas intensas e os fortes ventos que levaram a cenas de destruição no Rio Grande do Sul e na Espanha trouxeram à tona novamente o debate acerca das mudanças ambientais e de eventos extremos cada vez mais frequentes.
O livro está disponível para compra no site da Editora O Artífice.
Furação Catarina
Sendo o primeiro e único furação registrado no Atlântico Sul, o Catarina deixou um rastro de destruição em sua passagem pelo litoral sul do Brasil, em março de 2004. Seus ventos alcançaram velocidades de 155 km/h a 180 km/h, sendo classificado como um furação de categoria 2. De acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, o evento climático resultou na destruição de 1,5 mil casas, deixando 26,4 mil pessoas desabrigadas e pelo menos 11 mortos. Os danos materiais com a catástrofe superaram os R$ 800 milhões, impactando diretamente em atividades agrícolas, pesqueiras, turísticas, industriais e comerciais da região.
Fonte: Notícias UFSC