Maioria dos alunos de escolas em áreas de risco são negros

Em 14 de 18 capitais analisadas, proporção de escolas negras em áreas de risco é maior do que em toda a cidade. Dados expõem nuances do racismo ambiental no país

Para quase meio milhão de crianças e adolescentes, estar na escola pode significar uma ameaça à vida. Mais de 431 mil estudantes da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio frequentam escolas nas capitais do país que ficam em áreas de risco para deslizamentos de terra, inundações e enxurradas.

A cor da pele de quem estuda nesses locais vulneráveis a eventos extremos aponta para o racismo ambiental existente na educação. Enquanto os estudantes que se declaram pretos ou pardos são 42,52% dos 8 milhões total de matriculados nas capitais, nas escolas em áreas de risco, essa proporção é muito maior: 59,58%. São 257 mil estudantes pretos ou pardos vulneráveis aos riscos climáticos.

Os dados foram tabulados pela Agência Pública a partir da recém-lançada pesquisa O acesso ao verde e a resiliência climática nas escolas das capitais brasileiras, feita pelo Instituto Alana, pela Fiquem Sabendo e pelo MapBiomas.

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