Foram entregues os títulos de professoras eméritas a Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro
Os 64 anos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram celebrados em sessão solene realizada nesta sexta-feira, dia 13, no Centro de Cultura e Eventos. Na ocasião, foram entregues os títulos de professoras eméritas a Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro. Além disso, tomaram posse os novos diretores e vices de centros de ensino e campi da universidade. O presidente da Apufsc-Sindical, Carlos Alberto Marques, fez um discurso no evento em nome da categoria docente.
A outorga dos títulos de professoras eméritas foi o momento de maior emoção da celebração. Professoras aposentadas do Departamento de História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Maria Bernardete e Joana trabalharam juntas por 50 anos.
“É uma honra receber esse título ao lado de minha amiga”, disse a professora Maria Bernardete, lembrando que as duas fizeram parte da primeira turma do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC. Ela dedicou a honraria à família, “que teve que dividir meu tempo com a universidade”.
Joana também falou de sua trajetória e da importância da educação pública em sua formação: “Vim da escola pública, e foi no chão da universidade pública que me criei e me expandi”. Ela dividiu o título com colegas do Departamento de História, do Laboratório de Estudos de Gênero e de História e do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da UFSC. “Nada do que consegui foi apenas por meus possíveis méritos”, afirmou, dedicando a honraria à família.
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A decana do Conselho Universitário (CUn) Olga Regina Zigelli fez o discurso em nome dos conselheiros. Sobre as homenageadas, destacou que “ser professora emérita vai além do título: significa continuidade da contribuição que transcende o tempo”. A conselheira deu ainda as boas-vindas aos novos diretores de centros de ensino e campi, empossados na cerimônia. “Assumir essa posição é não apenas uma honra, mas uma grande responsabilidade”, apontou, e sugeriu a eles “parcerias sólidas e decisões sábias”.
A sessão solene teve ainda apresentações culturais e encerrou com discursos de representantes de estudantes, docentes, técnicos-administrativos e do reitor Irineu Manoel de Souza.
Em sua fala, o presidente da Apufsc-Sindical, Bebeto Marques, destacou que “festejar o aniversário de uma universidade, além de ser um ato de alegria, é uma manifestação de resistência”. Bebeto falou ainda de temas que preocupam a comunidade docente, como o negacionismo científico e a evasão estudantil. Por fim, o presidente lembrou ainda que, em 2025, a Apufsc celebra seus 50 anos.
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Já o reitor Irineu Manoel de Souza falou sobre os desafios enfrentados, especialmente em relação ao orçamento, e revelou que a UFSC encerra 2024 com déficit de R$ 14 milhões. À comunidade acadêmica, afirmou: “que todos nós possamos nos sentir imbuídos do espírito de luta”.
Confira a galera de fotos da sessão solene:
Imprensa Apufsc