*Por José Guadalupe Fletes
29 de novembro: Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino (Resolução da ONU 32/40 B 1977)
Participei no sábado, dia 23, do lançamento do livro “Vítimas de um Apartheid ou Ativistas silenciosos do Sionismo? – Sistemas de segregação ocultos e revestidos de espiritualidade cotidiana”, de Hasan Félix, investigador de origem cubana com trabalhos que abordam a problemática religiosa desde o ponto de vista antropológico.
A exposição que fez em menos de 15 minutos deu um panorama histórico desde 1946 até os dias atuais, me motivando a escrever este breve artigo de opinião, após muitos anos de acompanhar e me solidarizar com o povo palestino e, como internacionalista, com todos os povos em luta contra a opressão e o genocídio no mundo.
Assisti à mesa de debate na Udesc na segunda-feira, dia 25, com a participação de Breno Altman (Opera Mundi), Berenice Bento (Socióloga – UnB) e Adbel Rahman Abu Hwas (Membro do Conselho Nacional Palestino da OLP e representante da União Palestina da América Latina – UPAL), que reafirmou a convicção de porque SOMOS TODOS PALESTINOS e temos o dever de combater o regime sionista que é um regime de lesa humanidade! O mapa é autoexplicativo de como o Estado de Israel dizima a população originária.
Lembrei de minha avó, Mercedes Fletes Selva (de origem indígena maia), nascida na Guatemala, fronteira com o México (região atual do movimento Zapatista), que final do século XIX migrou para Nicarágua, por problemas de ocupação de suas terras. Ela me relatava a triste história dos indígenas migrarem para poder sobreviver e por melhores condições de vida.
O genocídio que sofre Palestina, por parte de Israel, é o mesmo que nossos indígenas vêm sofrendo há alguns séculos nas Américas (do Norte, Central e do Sul). Afinal, vive-se na própria carne o que agora acontece naquela terra longínqua. A história de nossos aborígenes, tristemente, é a história da Palestina de há muitos anos (ver mapa).
Nesta sexta-feira, dia 29, se celebra o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino e haverá um ato público pelo fim do massacre de crianças, mulheres e jovens, bem como destruição de escolas, hospitais e acampamentos, cometido pelo estado de Israel em Gaza. Aqui em Florianópolis, o ato público será frente ao Ticen a partir das 17h, com uma marcha até a Rua João Pinto a partir das 19h.
VIVA A RESISTÊNCIA PALESTINA!
PALESTINA LIVRE DO RIO AO MAR!
*José Guadalupe Fletes é professor no Departamento de Informática e Estatística, e ex-presidente da Apufsc-Sindical
Artigo recebido às 02h08 do dia 28 de novembro de 2024 e publicado às 11h53 do dia 28 de novembro de 2024