“Organização sindical: desafios da construção da democracia e a pluralidade no movimento docente” foram tema da última mesa realizada na sexta-feira, dia 22
“Um eixo transversal, que passa por tudo o que foi discutido durante o encontro”. Foi assim que o presidente do Proifes-Federação, Wellington Duarte, definiu a última mesa do 20° Encontro Nacional da entidade, que teve como tema “Organização sindical: desafios da construção da democracia e a pluralidade no movimento docente”. O evento, realizado na sede do Adufg-Sindicato, em Goiânia, encerrou na sexta-feira, dia 22.
A mesa teve a contribuição de 15 professores e professoras que fizeram proposições com vistas ao aprimoramento dos processos e organização sindical do Proifes-Federação. Durante o debate, o delegado do Adurn-Sindicato, João Bosco Araújo, destacou que “se não tivermos uma estrutura sindical para pôr em movimento, todos os temas que aprovamos aqui [no Encontro] não funcionam, por isso esse é o tema mais importante”.
Nas diferentes falas proferidas ao longo da discussão, houve um ponto em comum: a necessidade de garantir a formação política da base e de dirigentes dos sindicatos federados. O delegado Jaci Poli, do Sindiedutec, lembrou que é preciso considerar “a base como ponto de partida e de sustentação dos nossos sindicatos”, sugerindo o incentivo à formação de núcleos sindicais de base.
O delegado da Apub e diretor do Proifes-Federação, Jailson Alves, enalteceu o processo de construção da democracia dentro da entidade. “A gente cresce, mas cresce com responsabilidade com a base docente e com os rumos do país”, afirmou.
Outro delegado do mesmo sindicato, Marcos Gilberto, refletiu: “A gente tem uma função política, representativa, social, cultural, assistencial. Qual o peso dessas funções para que a gente possa se aproximar das nossas bases?”.
Estratégias para chegar à base
Relembrando os ataques sofridos pelo Proifes durante a greve da categoria docente no início deste ano, a delegada do Adurn-Sindicato, Diana Gadelha, reforçou a importância de construir estratégias para chegar à base de forma transparente, sem ruídos. Nesse sentido, a delegada da Adufrgs-Sindical, Ana Karin, defendeu que o Proifes mantenha uma luta intransigente contra as fake news e a desinformação.
“Hoje a gente vive em bolhas e cada vez entende menos o que as pessoas entendem e querem do movimento sindical. Se a gente não resolver isso hoje, daqui a dez anos talvez a gente não tenha nem a metade desse auditório discutindo”, alertou a professora. Ainda nessa perspectiva, o delegado da Apub, João Augusto, propôs denunciar o assédio sofrido pelo Proifes-Federação fortemente, considerando a pluralidade sindical.
Por fim, o delegado e presidente da Adufrgs-Sindical, Jairo Bolter, reforçou que o Proifes é uma representação legítima do novo sindicalismo. “Nós lutamos muito e oferecemos muitas oportunidades para os nossos sindicalizados”.
Em seu discurso de encerramento do 20° Encontro Nacional, o presidente do Proifes-Federação, Wellington Duarte, considerou o evento vitorioso. “Passada a greve, e todas as movimentações que nós fizemos, esse é um encontro vitorioso”. Duarte lembrou ainda que a Federação não é formada só por gigantes, mas que todas as entidades têm sua devida importância. “Temos sindicatos pequenos, mas que foram fundamentais para que houvesse a transformação dessa Federação”, concluiu.
Fonte: Proifes