Como a emergência climática afeta a educação pública

Mais de 700 escolas brasileiras estão em áreas de risco hidrológico, e outras 1.700 em áreas de risco geológico, segundo Nexo

A educação é atribuída como a chave para o progresso em qualquer sociedade. Garantida como direito a todos os cidadãos brasileiros pelo Artigo 205 da Constituição, a educação também sofre a cada ano com prejuízos por conta de eventos climáticos extremos, o que intensifica desigualdades já existentes, com impacto maior para grupos de pessoas historicamente vulnerabilizadas. Esses impactos desproporcionais materializam o racismo ambiental, uma vez que afetam de forma mais severa pessoas negras e populações e comunidades tradicionais (PCTs).

Dados do IBGE de 2022 indicaram que metade das crianças de até 14 anos, grupo que engloba estudantes da educação infantil e do ensino fundamental, se encontravam em situação de pobreza. No mesmo ano, o percentual de crianças sem acesso à alfabetização no Brasil dobrou em relação a 2020, com salto de 1,9% para 3,8%, com impacto direto na aprendizagem, especialmente entre crianças negras, indígenas, do Norte e Nordeste, e meninos.

Além disso, a evasão escolar é particularmente preocupante entre jovens de 14 a 29 anos, já que grande parte dos que abandonam a escola são pretos ou pardos, dado que reflete a persistente desigualdade racial e social no sistema educacional brasileiro.

Leia na íntegra: Nexo