Maioria dos candidatos que perderam o teste em 2022 e 2023 já tinha se formado no ensino médio, e, portanto, estaria fora do escopo do programa do governo federal, destaca O Globo
Lançado para manter estudantes da rede pública na escola e estimular a participação no Enem, o programa Pé-de-Meia, do governo federal, não teve um impacto de peso na abstenção no exame, nos seus primeiros anos de funcionamento. O detalhamento do perfil de quem se inscreveu, mas não foi às provas em 2022 e 2023 mostra que a maior parte havia se formado no ensino médio, e portanto, não receberia os R$ 200 destinados a alunos vulneráveis do ensino público como incentivo para participar. Mas os dados indicam que, a longo prazo, a ajuda aos estudantes da rede pública pode fazer mais diferença. A maior parte dos que faltaram ao Enem, nos dois anos anteriores, é de candidatos de baixa renda.
Manuel Palácios, presidente do Inep, instituto responsável pelas estatísticas do Ministério da Educação e pelo Enem, reconheceu que esperava uma queda na taxa de abstenção deste ano por conta do Pé-de-Meia, o que não ocorreu. O primeiro dia da prova, no domingo passado, teve apenas uma pequena variação no número de faltosos: de 28% dos inscritos, em 2023, para 26%, neste ano.
Leia na íntegra: O Globo