Presidente do Inep aposta no Pé-de-Meia para derrubar taxa de abstenção do Enem

A proporção de candidatos que se inscrevem e não comparecem à prova tem variado entre 27% e 34% desde 2010

Faltando menos de uma semana para o primeiro dia do Enem — as provas serão nos próximos dois domingos — , Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), garante que problemas que aconteceram em 2023 foram resolvidos. De acordo com o responsável pelo órgão do Ministério da Educação que organiza a aplicação do vestibular mais importante do país, a distância média para o local de prova caiu de 16 quilômetros para 5 quilômetros. Uma comissão foi criada evitar questões repetidas e Palacios aposta no Pé-de-Meia, programa de bolsas para alunos carentes do governo federal, para diminuir a abstenção em 2024.

A proporção de candidatos que se inscrevem e não comparecem à prova tem variado entre 27% e 34% desde 2010 — com exceção de 2020, quando, em meio à pandemia, chegou a 55%. No mês em que foi realizada prova, em março de 2021, 29.555 pessoas morreram de Covid-19 no país, número que até aquele momento só era menor do que em junho e julho de 2020. No ano passado, essa taxa manteve esse patamar e ficou em 32%. Em 2016, ainda no governo Dilma Roussef (PT), o Inep criou barreiras para que os faltosos não pudessem ter direito mais à gratuidade e, mesmo com a regra ainda em vigor, os patamares continuam altos. A aposta agora é no estímulo do Pé-de-Meia.

Leia na íntegra: O Globo