Professora da UFSC atua há 25 anos na área de transplante de órgãos

Trajetória de Neide da Silva Knihs foi destacada em reportagem da Folha de S. Paulo

Uma reportagem da Folha de S. Paulo publicada no dia 19 de outubro abordou as etapas e destacou profissionais envolvidos nos processos de doação e transplante de órgãos no Brasil. Foram entrevistadas “três pessoas que trabalham em diferentes momentos desse fluxo: uma enfermeira especialista em acolher famílias de potenciais doadores, um motorista de ambulância de um hospital cardíaco e uma cirurgiã especializada em transplantes.”

Neide da Silva Knihs (Foto: Divulgação)

Entre esses profissionais está Neide da Silva Knihs, 52 anos, que é professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e enfermeira do Hospital Universitário (HU/UFSC). Knihs ajudou a implementar sistemas de qualidade nas centrais estaduais de transplantes do Paraná e de Santa Catarina e participou da criação de serviços de transplante em dois hospitais.

“Trabalhando na área de transplantes desde 1999, a enfermeira Neide Knihs é uma especialista em conversas difíceis. Desde que passou por um treinamento de comunicação em situações críticas na Espanha, em 2010, ela se tornou uma referência de como agir em um momento delicado: o de comunicar a morte encefálica de um paciente a seus familiares e buscar a autorização deles para a doação de órgãos e tecidos. Segundo Knihs, pesquisas mostram que mais de 80% dos brasileiros são favoráveis à doação de órgãos. No entanto, a taxa de recusa é alta: 45% na média nacional, chegando a quase 80% em alguns estados”, diz trecho da reportagem.

A matéria ainda explica que um dos fatores para a recusa “é que muitos profissionais não estão preparados para lidar com o processo de luto da família, compreender a hora em que eles aceitaram a morte e se comunicar adequadamente”.

Ainda conforme a Folha, um levantamento interno do HU mostrou que, no caso de doações de múltiplos órgãos, de 65 a 70 profissionais são envolvidos em todo o fluxo — da notificação de que surgiu um doador até a saída dos órgãos, ou seja, sem contar o transporte e o transplante.

Um ponto fundamental ao conversar com as famílias, segundo Knihs, é “ser verdadeiro desde o primeiro momento”. “Tem que dizer que a pessoa está muito grave, que o risco de morte é muito grande. Assim eles já vão elaborando o processo de luto”, afirma.

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Fonte: Notícias UFSC