Prêmio Jovem Cientista: exclusão tecnológica prejudica mais alunos negros, diz pesquisa

Edição deste ano busca pesquisadores que trabalhem com inclusão digital, forma de superar o problema

A falta de acesso tecnológico, desde o ensino básico até o nível superior, gera desigualdades na aprendizagem que se refletem na entrada no mercado de trabalho, segundo uma pesquisa do Núcleo de Estudos Raciais do Insper (Neri) e da Fundação Telefônica Vivo. De acordo com o estudo, esse descompasso afeta principalmente estudantes negros. Enquanto no ano passado 57% dos alunos brancos usavam tecnologias nas escolas, pretos e pardos com acesso eram 50% e 49%, respectivamente.

A pesquisa avaliou a influência dessa disparidade na graduação. Apesar de serem 56,1% da população brasileira, os negros ocupam 48,3% das vagas universitárias, somando as instituições públicas e privadas. Em um recorte por tipo de curso, essa parcela dos estudantes está menos representada em especial nos cursos ligados a ciências, tecnologia, engenharia e matemática, onde somam 42% do total de matriculados. Os autodeclarados brancos chegam a 55,7%.

Em formações relacionadas a outras áreas, a desigualdade se reduz: pretos e pardos são 47%, contra 50,9% de brancos. Os dados foram obtidos no Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Leia na íntegra: O Globo