Evento que ocorre entre esta segunda e quarta-feira no Centro de Cultura e Eventos celebra o centenário do autor
A segunda edição do Festival Literário da Universidade Federal de Santa Catarina (Flusc) iniciou nesta segunda-feira, dia 14. O evento deste ano, que tem como tema “Travessias literárias”, celebra os cem anos do escritor Salim Miguel. Na mesa de abertura, conduzida pela secretária de Cultura, Arte e Esporte da universidade, Eliane Debus, o autor foi homenageado e a importância do evento destacada.
“O tema das travessias literárias dialoga com a travessia de Salim Miguel e com todas as travessias que temos que fazer. Para nós, da UFSC, é uma alegria proporcionar esse deslocamento coletivo”, disse a vice-reitora Joana Célia dos Passos, para quem o Flusc é visto como um “sopro, um respiro”.
Familiares do autor libanês, que se fixou em Santa Catarina, onde construiu sua carreira literária, estiveram presentes no evento de abertura. No ato, o diretor da Editora da UFSC (EdUFSC), Nildo Ouriques, assinou a celebração do acordo com a família de Salim para a reedição de toda a obra do autor, que inclui romances e crítica literária. “A reedição enriquece a editora, a literatura catarinense e nacional”, comemorou Ouriques, que relembrou também a importância política de Salim Miguel.
Após a mesa de abertura, foi realizada a primeira roda de conversa do Flusc 2024, com o tema “Revisitando Salim Miguel”. Participaram Regina Dalcastagnè, Godofredo de Oliveira Neto e Luciana Rassier, e a mediação foi de Ana Lice Brancher.
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Sobre Salim Miguel
Nascido em Kfarssouron, no Líbano, o escritor chegou com três anos de idade ao Rio de Janeiro, cidade onde morou com a família durante um ano. Já em Santa Catarina, após residir em São Pedro de Alcântara e Antônio Carlos, sua família fixou residência em Biguaçu, onde se estabeleceu com um pequeno comércio. Salim Miguel foi um ícone da literatura brasileira contemporânea. Com mais de 30 livros publicados, é reconhecido como um ficcionista brilhante, destacando-se também como contista, cronista e ensaísta. Entre suas obras mais notáveis estão “NUR na Escuridão” e “A Voz Submersa”. Além disso, o autor exerceu o cargo de diretor da Editora da UFSC entre 1983 e 1991 e deixou um legado como jornalista, roteirista e crítico literário.
Stefani Ceolla
Com informações da Secarte/UFSC