Ministério da Saúde reconhece cenário e diz que “estão sendo tomadas medidas para garantir a regularização” das doses
Um novo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) identificou que 64,7% das cidades brasileiras relatam uma situação de falta de vacinas, especialmente infantis. A CNM oficiou o Ministério da Saúde, órgão responsável pela compra e distribuição dos imunizantes, demonstrando preocupação e solicitando providências para o “imediato restabelecimento da normalidade no abastecimento”.
Em resposta, a pasta publicou uma nota técnica em que reconheceu o cenário de desabastecimento e atribuiu a falta de vacinas a atrasos no cronograma de entregas por fabricantes, como Bio-Manguinhos/Fiocruz e Butantan, e outras questões logísticas. O ministério disse que “estão sendo tomadas medidas para garantir a regularização” das doses, como por vias alternativas de aquisição com outros fabricantes e junto a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A pesquisa da CNM foi conduzida entre os dias 2 e 11 de setembro em 2.415 dos 5.570 municípios brasileiros. Em comunicado, o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, destacou que se verificou “a falta de imunizantes essenciais há mais de 30 dias na maioria das cidades pesquisadas”. Ziulkoski citou preocupação especialmente em meio ao risco de retorno de doenças graves que são prevenidas pelas doses, como a pólio e o sarampo.
Leia na íntegra: O Globo