Alunas da UFSC são premiadas com reportagens sobre cultura empreendedora em Florianópolis

Estudantes de jornalismo venceram a categoria universitária do prêmio

As estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Lara Apolinário, Jade Luckner, Marta Maria Machado e Mariana Oliari tiveram reportagens premiadas na etapa estadual do 11° Prêmio Sebrae de Jornalismo. Com tema central A contribuição dos pequenos negócios na transformação de realidades locais, a premiação destacou matérias produzidas em diversos aspectos relacionados ao universo do empreendedorismo no Brasil. O evento ocorreu na sede do Sebrae/SC, em Florianópolis, na terça-feira, dia 17.

Nesta edição, foram 174 trabalhos submetidos em Santa Catarina e 144 validados de acordo com os critérios do regulamento. No total, o Sistema Sebrae recebeu 3.076 trabalhos para as quatro categorias principais – Texto, Vídeo, Áudio e Fotojornalismo –, além da categoria especial Universitário, que foi a novidade deste ano e na qual os trabalhos das estudantes da UFSC foi contemplado. Segundo os organizadores, cada trabalho inscrito passou por uma avaliação criteriosa, e 54 dos 144 trabalhos válidos foram selecionados para a etapa de avaliação do júri estadual.

A fotorreportagem A mobilização da comunidade local na pesca de tainha em Florianópolis, produzida por Lara Apolinário, foi a vencedora da categoria Universitário. Com orientação do professor Fernando Crocomo, a matéria narra a cultura geracional da pesca da tainha na praia da Lagoinha do Norte, um dos principais pontos da safra pesqueira em Florianópolis. Por meio de fotos e texto, é abordado como o cotidiano da pesca tradicional tem sido ameaçado com o aumento da pesca industrial na Ilha.

Para a estudante, a pesca da tainha não é apenas um trabalho, mas uma tradição enraizada no saber manezinho. “Como um pescador que estava no local me disse enquanto eu tirava as fotos, a tainha vai além da pesca, ela une pessoas que juntam suas forças pra puxar a rede cheia de peixe. E, como agradecimento, cada um pode levar uma tainha. Mas, para além disso, é a principal fonte de sustento da comunidade local e é uma atividade em extinção. A pesca industrial feita com barcos sofisticados ameaça muito a pesca artesanal feita na beira do mar. Ou seja, é uma cultura e trabalho que corre o risco de desaparecer”, explica.

Na segunda posição, ficou a reportagem O sangue verde de Florianópolis: primeira matcharia do Brasil é produto manezinho, das alunas Jade Luckner, Marta Maria Machado e Mariana Oliari, orientadas pela professora Stefanie da Silveira. O texto trata da abertura do primeiro empreendimento especializado em matcha do Brasil em Florianópolis, demonstrando aspectos empresariais e também benefícios da bebida para a saúde e o bem-estar.

Mariana afirma que o pioneirismo do empreendimento de matcha foi o que cativou o grupo a investir na pauta. “Ao apostarem em um estabelecimento voltado para o matcha, os sócios Natália e Charles mostraram que Florianópolis tem um grande potencial comercial a ser explorado com interesses ‘de nicho’. Também se destaca a força do empreendedorismo jovem que esse modelo de negócio representa, e acreditamos ser importante reverberar esse tipo de ação na mídia para inspirar outras pessoas”, diz.

Os premiados de cada categoria na etapa estadual receberam prêmios de R$ 5 mil para o primeiro lugar, R$ 3 mil para o segundo lugar e R$ 2 mil para o terceiro lugar. Com o primeiro lugar, a fotorreportagem de Lara avança à etapa nacional, que será realizada em novembro, em Brasília. Os ganhadores regionais de cada categoria principal também concorrerão ao Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo.

“Agora a expectativa está grande, mesmo sabendo que todos os trabalhos devem ser ótimos e a concorrência aumentou muito. Mas, para além da premiação, um fator muito interessante é saber o que os outros jornalistas em formação estão produzindo ao redor do país. Esses tipos de evento geram uma integração muito legal entre os acadêmicos e profissionais da área, então estou mais ansiosa para isso”, conclui Lara.

Fonte: Notícias da UFSC