Em duas sessões, especialistas e lideranças discutirão os genocídios dos povos indígenas e da população negra no Brasil, com transmissão ao vivo
Passados dois séculos, é cada vez mais pertinente nos questionarmos sobre os rumos da tão enaltecida independência do Brasil, celebrada oficialmente no dia 7 de setembro. As batalhas travadas por todo o País para que o Brasil deixasse de ser uma colônia portuguesa seguem nas lutas diárias das populações indígenas e negras pela sua permanência, pelo seu direito de existir, de prosperar em suas terras, pelo seu direito à cidadania e à liberdade. Pensando nessas questões, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) discutirá a história nacional nunca resolvida no evento “Independência Inconclusa”, com dois debates a serem realizados no dia 6 de setembro.
Às 10h, será discutido o “Genocídio dos povos indígenas”, com a participação de Conrado Hubner, jurista e professor da Universidade de São Paulo (USP); Gersen Baniwa, antropólogo e professor da Universidade de Brasília (UnB); Valdelice Veron, líder indígena; e Thais Santi, procuradora da República. A mesa será coordenada pelo presidente da SBPC e professor titular da USP, Renato Janine Ribeiro, e pela diretora da entidade e professora-titular da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Marilene Corrêa.
Às 16h, o tema “O genocídio da população negra no Brasil” será abordado com a presença de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial (a confirmar); Fausto Salvadori, diretor de redação do Jornal Ponte; Gilvania Maria da Silva, co-fundadora da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e liderança quilombola; Luis Eduardo Soares, antropólogo e ex-secretário de segurança pública; e Preto Zezé, presidente global da Central Única das Favelas (Cufa). Esta mesa será coordenada por Renato Janine Ribeiro e pela também diretora da entidade e professora emérita da UnB, Fernanda Sobral.
Ambos os debates serão transmitidos ao vivo pelo canal da SBPC no YouTube, e o público poderá participar enviando perguntas pelo chat durante as transmissões.
Fonte: Jornal da Ciência