Projeto busca encorajar nas alunas o interesse por ciência e liderança e, nos alunos, o respeito pelas mulheres
O projeto de lei que torna obrigatória a inclusão de abordagens femininas nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e do ensino médio é um dos sete itens da pauta deliberativa da Comissão de Educação (CE) da próxima terça-feira, dia 27. A reunião terá início às 10h.
Da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), o PL 557/2020 promove alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, de 1996) para incluir “abordagens fundamentadas nas experiências e perspectivas femininas” nos currículos e também cria a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História. A relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), apresentou parecer pela aprovação. Caso seja aprovado na CE, o texto seguirá para votação do Plenário.
De acordo com o projeto, as abordagens a serem incluídas nos currículos devem abranger aspectos da história, da ciência, da arte e da cultura do Brasil e do mundo, de forma a resgatar as contribuições, as vivências e as conquistas de mulheres nas áreas científica, social, artística, cultural, econômica e política.
A proposta também prevê que a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História será uma campanha anual que acontecerá na segunda semana do mês de março nas escolas de educação básica.
Tabata Amaral argumenta que as mulheres têm baixa representação no mundo científico em razão do preconceito e do desencorajamento quanto aos lugares que podem ocupar, apesar de demonstrarem excelente desempenho escolar. “Nesse sentido, o projeto visa combater uma falaciosa cultura machista e fomentar nas meninas a possibilidade de se tornarem cientistas ou lideranças políticas e, nos meninos, maior respeito pelas mulheres”.
Fonte: Agência Senado