Inteligência artificial invade publicações científicas e, para pesquisador, situação deve piorar

Estima-se que, em 2023, ao menos 60 mil artigos foram produzidos com o uso de inteligência artificial, segundo a Folha

Erros e imprecisões recentes em revistas científicas, como a imagem de um rato com um pênis gigante ou uma perna humana com ossos demais, revelam a utilização cada vez maior da inteligência artificial (IA) nessas publicações, em detrimento da sua qualidade.

Embora especialistas entrevistados pela AFP reconheçam o valor de ferramentas como o ChatGPT para a redação de conteúdos, sobretudo em matéria de tradução para pesquisadores cuja língua materna não é o inglês, as correções recentes de algumas revistas apontam práticas desonestas.

No início deste ano, a imagem de um rato com genitais gigantes, amplamente compartilhada nas redes sociais, levou à retirada de um estudo publicado em uma revista da editora universitária Frontiers, uma das principais no setor.

Um artigo publicado pelo grupo editorial britânico Elsevier viralizou porque começava com “certainly, here is a possible introduction for your topic” (claro, essa é uma possível introdução para o seu tema), uma fórmula típica das respostas do ChatGPT.

Esses erros, que escaparam dos controles dos especialistas encarregados de reler os estudos, são raros e provavelmente não passariam pelos filtros das revistas mais prestigiosas, disseram vários especialistas à AFP.

Leia na íntegra: Folha