*Por Nestor Roqueiro
Tanto proifanos como andesianos são carniceiros.
São abutres se alimentando do cadáver de uma greve insepulta.
E nesta orgia alimentar passam por cima da categoria docente sem qualquer indício de sensibilidade com os verdadeiros problemas da classe, tentando abocanhar o aparelho em que se transformou o outrora importante sindicato de luta.
Na onda mundial de polarização emocional extrema das disputas políticas presenciamos uma corrida ao poder do comando do sindicato. Os dois bandos não prestam, nem prestarão nunca, algum serviço à classe docente. A classe docente foi deixada de lado tanto pelo Proifes quanto pelo Andes, sempre, com modus operandi diferentes mas com o mesmo resultado, poucos “esclarecidos” tomando decisões pelos “ignorantes” professor@s que compõem a massa de manobra.
Muito tempo atrás escrevi um texto relatando a inutilidade da carta sindical sem uma efetiva participação da classe nos rumos do sindicato, intitulada Papel higiênico, de 02/04/2019.
Mais tempo atrás ainda, em 2009, me convenceram que o sindicato tinha futuro como sindicato independente. A minha vontade era de fechar o sindicato de tão inútil que era. Desde aquela época até agora só pude confirmar que meu pensamento era correto. O sindicato não presta e deveria ser dissolvido. Como sei que isto não vai acontecer e não quero legitimar nenhuma ação futura do sindicato decido encerrar minha participação e me desfiliar.
Adeus
*Nestor Roqueiro é professor do Departamento de Automação e Sistemas do CTC da UFSC