A equipe analisou 13 tubarões e todos apresentaram resultado positivo para a droga
Um estudo realizado por uma parceria de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz e a seção Seção Laboratorial Avançada (SLAV/SC) do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-RS) encontrou resquício de cocaína e benzoilecgonina em 13 tubarões-bico-fino (Rhizoprionodon lalandii), no litoral do Rio de Janeiro.
O caso foi publicado neste mês no periódico Science of the Total Environment e recentemente ganhou destaque na imprensa nacional e internacional. A professora Silvani Verruck e o estudante de pós-graduação Luan Valdemiro Alves de Oliveira, pesquisadores do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFSC, fizeram parte do estudo. O professor externo da Pós-Graduação da UFSC Rodrigo Barcellos Hoff, também participou pela SLAV/SC.
Como divulgado pelo O Globo, a equipe do estudo comprou 13 tubarões de embarcações de pesca. Após dissecar os animais, foram realizados testes no tecido de músculo e do fígado utilizando o método cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas. Todas as amostras testaram positivo para cocaína e apresentaram uma concentração 100 vezes maior do que em outros animais aquáticos. De acordo com o estudo, 92% das amostras também acusou benzoilecgonina, um metabólito da cocaína ou do chá de coca.
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