No dia 3 de abril, fizemos nossa primeira assembleia, seguida de votação eletrônica, para deliberar sobre a greve da categoria docente da Universidade Federal de Santa Catarina. Em participação recorde, a adesão à greve foi rejeitada por 582 votos contra 512 votos, uma diferença de 70 votos. Menos de um mês depois, um abaixo-assinado de professores favoráveis à greve solicitou uma nova assembleia. Respeitando nosso estatuto, a Apufsc-Sindical convocou nova AG, seguida de votação eletrônica. Dessa vez, a greve foi aprovada, com 637 votos a favor e 596 contrários, uma diferença de 41 votos, ainda menor que na votação anterior.
Percebe-se, assim, que desde o início dessas discussões a categoria se encontra muito dividida na UFSC, divisão que se repete em todo o país.
Depois da reunião da Mesa Nacional de Negociação do dia 15 de maio, a Apufsc-Sindical recebeu um segundo abaixo-assinado solicitando a realização de uma nova assembleia, seguida de votação eletrônica, dessa vez solicitada por professores que pretendiam aprovar a proposta do governo e, consequentemente, encerrar a greve. Novamente, cumprindo com suas obrigações estatutárias, a direção do sindicato encaminhou uma nova AG, seguida de votação eletrônica.
Nesta nova votação, o resultado – 1.505 votantes, sendo 767 a favor do fim da greve e 717 pela sua continuidade, além de 21 votos em branco – deixa muito claro que a paralisação não é massiva e que a nossa categoria ainda está dividida.
Seja como for, os 1.505 votantes, mais uma vez um recorde de participação dos filiados e filiadas ao sindicato, mostrou que uma decisão com essa expressiva participação está muito mais respaldada pelo conjunto da categoria do que uma decisão tomada por 200 presentes em uma assembleia.
Assim, o sindicato continuará cumprindo o seu papel de representar o conjunto de professores e professoras da UFSC, os que desejam a greve e os que são contrários a ela, mantendo o respeito pelas posições contrárias e zelando pela manutenção de um ambiente de debate respeitoso.
A Apufsc continua lutando, junto com outras entidades, pela recomposição do orçamento da universidade, pelo fim da contribuição previdenciária para docentes aposentados e pela reestruturação da carreira.